quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Folha em branco

Tenho me preocupado comigo mesmo ultimamente, e por isso vai um texto desabafo, uma modalidade que eu particularmente odeio. Não gosto pois não concebo esse espaço como um diário, e sim como expressão de inspiração, ideias, princípios. Porém, não tenho mais conseguido alcançar isso. Sempre que penso em escrever, é sobre algo sério como filosofia política, jurídica, psicologia, sociologia, economia. E acho que toda essa racionalidade tem me deixado menos inspirado. Porque escrever não é fruto da racionalidade, e sim da emoção! A arte da escrita provém da alma, e não desse cérebro tedioso e pedante. E o que anda acontecendo com aquelas epifanias que insistiam em aparecer vez por outra? Onde foi parar minhas fontes de inspiração que cediam um subsídio incontável para textos e mais textos? E aquelas ideias tão boas que tornavam-se em metáforas interessantes? Tudo isso ficou em algum lugar do caminho, e não vejo migalhas até lá.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Direito Imprevisível


No direito, tudo é relativo. Não só no que diz respeito à interpretações legislativas ou correntes doutrinárias. Até mesmo conceito de Direito é relativo. Portanto, para que haja um aprofundamento do saber jurídico, é preciso antes se despregar do conceito de ‘verdade absoluta’, pois ele vai totalmente de encontro com o estudo do direito.
Muito embora alguns juristas busquem encontrar verdades incontestáveis, seguindo uma filosofia um tanto quanto socrática, não há como entender o direito dessa forma. Se tratando de pura ciência social, o direito é matéria intrinsecamente subjetiva, tendo sua objetividade apenas em sua sistematização e teorização. Não há como se obter resultados concretos, nem como se fazer testes em laboratórios, pois o resultado é totalmente imprevisível. Toda a teoria jurídica está sujeita à reformas e contestações, não havendo um pensamento sequer que não possa ser contestado. Trata-se de uma ciência em constante metamorfose, onde o próprio entender de Direito é refutado de acordo com os aspectos sociológicos e históricos do período vivido.
Destarte, para realmente obtermos êxito no conhecimento jurídico, precisamos entender que nossas ideias e formulações não são absolutas, e que estão suscetíveis à mudanças. Há todo um leque de aspectos que influenciam nas teorias jurídicas, e não podemos simplesmente dar as costas para tais. A verdade, a justiça, a moral e a ética são conceitos contestáveis. E muito!