quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Leão Domado

Todos os dias vejo mais pessoas que definem erroneamente o sentido de ter temor a Deus, pensando quer ter temor é ter um medo excessivo de Deus. A bíblia nos mostra um Deus tão imponente, o Senhor dos Exércitos, todo poderoso, mas que na verdade não cansa de demonstrar o seu amor incondicional pelo seu povo, e sua figura de poder é facilmente trocada pela figura do amor e da misericórdia. Ele está, na realidade, buscando ardentemente ter uma relação de amor conosco, e já demonstrou também que é bastante doído aplicar a sua perfeita justiça em nós que somos um pequeno espelho dEle mesmo.

O que nós devemos ter para com Deus não é medo, e sim respeito! É uma lógica fácil entender que se nós colocarmos Deus numa posição de medo, automaticamente estaremos fazendo uma separação de Deus conosco, pois tudo que fizermos será pensando no castigo que Deus possa nos dar caso desobedeçamos. Isso não é, de forma alguma, o que Deus pensou para nossa relação com Ele. Deus quer que o sigamos por amor, e não por medo. Arrisco até dizer que Deus não quer servos, que são inteiramente submissos ao seu Senhor pelo medo, mas Deus nos quer como filhos que obedecem a um pedido do pai.

A submissão que Deus nos pede está no dicionário Aurélio, onde diz “obediência voluntária”. Nós obedecemos porque nós queremos, nós temos o livre arbítrio. Quando aprendemos que devemos obedecer às ordenanças de Deus simplesmente porque o amamos, estaremos em um nível espiritual intenso e em uma íntima relação com Deus. E não se engane, Deus faz o impossível para ter essa relação contigo. Lembre-se que Deus é amor; inteiramente amor.

*Yago Licarião.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu sei voar ;D

• Quando eu era pequeno eu queria ser advogado. Talvez por influências do meu tio, que sempre me influenciou muito mesmo. Eu queria pular de pára-quedas, queria ser jogador de futebol, queria ganhar na loteria, queria saber de tudo sem estudar. Aliás, lembro-me que uma das fantasias que mais alimentei foi se eu encontrasse um gênio de lâmpada, e aí eu pediria a ele para ter infinitos desejos. Falo sério, eu alimentei muito essa fantasia, então eu planejava os meus desejos e tudo mais. Mas o que eu queria mesmo era chegar no céu, e voar, voar muito. Tem muita gente que gosta do mar, mas eu sempre gostei mesmo é do céu! Até a beleza do mar, que é o azul, é cópia do céu, e esse sim é um sinônimo claro de liberdade. Mas que ingênuos nós somos, não é verdade? De fato, queremos muitas e muitas coisas. Por que não queremos o céu? É interessante nós termos um acesso tão claro para a liberdade, para o céu, e mesmo assim continuamos com outros sonhos pequenos. Eu aprendi que quando temos que sonhar, temos que sonhar alto, e olha que ironia: Existe mais alto que o céu? Então, se for pra sonhar, não sonhe na terra! Mas, infelizmente, no meio dessa caminhada toda eu esqueci um pouco o céu e comecei, debalde, a olhar para a terra. Minha cabeça ficou mais inclinada, eu olhava muito para o chão. Não via mais o azul, não via mais liberdade. Engraçado, pois eu me prendia e não via. Por sorte, algo me fez olhar novamente para o céu, e para minha surpresa não mudara nada; o céu ainda era tão belo quanto era quando o vi pela primeira vez, ou até talvez mais bonito. E isso me fez sonhar, e isso me fez voar, e isso me fez livre novamente. Fico pensando também como eu pude ter esquecido como era a sensação de voar. Nossa, é tão maravilhoso que nem quero pensar em ficar na terra novamente. Não vou, aliás. Queria também que mais gente viesse comigo, e vivo convidando-os a voar comigo. Sei que todos já sonharam com o céu, quando criança, todos já quiseram voar, então eu fico tentando lembrá-los como era quando eles sonhavam com o céu. Não sei, mas acho que a gente é mais maduro quando se é criança.