domingo, 12 de dezembro de 2010

Road Trippin'

Como vim parar aqui? Em algum momento dessa caminhada, o que ocasionou essa mudança tão brusca na direção? Sinto cada vez mais que, ao decorrer dos dias, mais de mim se perde pela estrada. Sinto o retalhar dos meus sentimentos, das minhas ideias, dos meus objetivos. E ainda mais, o desfigurar da minha própria essência. Assim como Cecilia, olho no espelho e vejo um estranho. Aonde será que foi parar a minha face? Ou melhor, a minha alma? O meu falar, o meu pensar, o meu agir, não se parecem mais comigo, e o medo é de não conseguir mais lembrar quem eu era. Como vou poder voltar atrás, sem nenhuma trilha de migalhas? Onde estão as placas me ensinando a voltar? Estou sem rumo, e preciso saber onde você está. Será que não virás mais a mim? Não lembro mais o caminho de casa.

'Let's go get lost, let's go get lost...'

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Soberania Globalizada

Desde que se começou a falar em soberania, a divergência de pensamentos e as oposições ao sentido proposto para a mesma foi predominante. Talvez tenha sido Jean Bodin o primeiro a tratar sistematicamente do assunto, onde definiu a soberania como: “Poder absoluto e perpétuo nas mãos do governante, onde o mesmo só seria impedido pela lei divina, natural e pelos contratos que celebrar”. Bodin acreditava em um sistema de poder absoluto, concentrando todo o poder do Estado nas mãos do seu governante. Foi ratificado por Hobbes, que ainda delegava mais poder ao governante, propondo um pacto entre os súditos, concedendo poder ilimitado e irrevogável ao governante. Em todos os conceitos de soberania, certamente encontraremos as palavras ilimitado, irrevogável, absoluto, independente, inalienável, unificado, coativo, supremo e universal.
                Atualmente, é inconcebível aceitar um conceito tão arcaico e irredutível sobre o tema. Com a globalização, e o soberbo aumento no fluxo de informações, o conceito de soberania clama por uma revisão urgente. A televisão, o rádio, e principalmente a internet, diminuíram completamente as distâncias entre os Estados, ultrapassaram inúmeras barreiras físicas e geográficas. Hoje, é possível saber em tempo real, do Brasil, tudo que acontece do outro lado do globo. E cada vez mais esses serviços se tornam acessíveis a todas as camadas da sociedade, onde ricos e pobres não mais encontram distinção. No mundo virtual, por exemplo, não somos negros nem brancos, ricos nem pobres, fiéis nem infiéis, e isso altera completamente todas as bases dos nossos sistemas, seja ele político, social ou religioso. A globalização – e o consequente desenvolvimento das telecomunicações e dos transportes convencionais – tem, ao mesmo tempo, unido o mundo numa economia global única e provocado a difusão de todo tipo de informação, com uma rapidez simplesmente impensável há 50 anos, o que cria uma interdependência econômica entre os Estados. A territorialidade é ameaçada pela globalização por não haver meios de se criar fronteiras para o fluxo de informações, o que diminui a soberania do Estado; e a facilidade no acesso às informações por meio dos súditos enfraquece o poder do governo sobre os mesmos. O Estado não pode impedir o acesso às informações, uma vez que a economia do seu país depende diretamente dessa troca.
                Diante disso, nos vemos obrigados à repensar sobre esse conceito, e como se dá a aplicação da soberania no mundo atual. Sendo cada vez mais frequente o surgimento de tecnologias que abalam nosso estilo de vida, é necessário um alto poder de discernimento e controle sobre tudo que vem sendo criado. A soberania ainda é válida, mas não pode mais tratar os súditos como animais no cerco, pois cada vez mais eles tomam controle sobre suas vidas. 





Nota do autor: Meu primeiro texto jurídico ;D 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Por Enquanto

             Um passageiro. Estranho, diferente, escanteado. Um grito mudo, em meio à uma multidão. Há quem possa escutar? Se nem ao menos conseguiam vê-lo. Não, não. Só vemos aquilo que nos é conveniente, tornando o que não é, completamente invisível. De que adianta agonizar, chorar, suplicar? A ajuda nunca chegaria. Em meio à tanta indiferença, há esperança? Talvez fosse a hora de lembrar das palavras daqueles poetas. Cheios de amor e esperança. Cheios de um espírito de mudança, de renovação. Cheios de ilusão. É melhor uma felicidade iludida, ou uma tristeza racional? Não estava certo da resposta, nem mesmo queria estar. Por que se esforçar tanto? A idéia central é de um jogo perdido. Um 3x0 no primeiro tempo. Será que já acabou? Pode ser só o começo. Como diferenciar o fim e o início? São todos tão parecidos. A única certeza que tinha era que não pertencia àquele lugar. Deve ser de outra terra, de outro planeta. Ou não pertencia à canto nenhum. Não cabia ali, e nem nunca caberia. Ou nos amoldamos, ou não somos aceitos, e com certeza isso feria seus ideais. Se é que ainda vale a pena lutar por eles. Não era infelicidade, era simplesmente um sentimento estranho. Quem de nós sabe diferenciar sentimentos? Não sei dizer, mas acho que estamos indo de volta pra casa.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Auto-Retrato

              Talvez seja momentâneo. Até espero que seja. Esse cansaço que agora bate no meu corpo todo, e não me dá nenhuma força para seguir caminhando, tomou conta de mim. Fico pensando se é culpa minha ou se foi algo inevitável. Acho que quem para pra pensar um pouco, e abre um pouco mais a mente, acaba se cansando mesmo. Não quero também negar todas as minhas palavras de outrora, longe disso. O que falei foi por acreditar piamente naquilo. Mas, posto que eu continue acreditando em tudo, não sinto mais ânimo para prossegui.

               Na verdade, cansei das mesmas coisas. Sinceramente? Cansei de crentes hipócritas que enxem a boca para para dizer "misericórdia" e "está repreendido". Que fala em coisas que não sabe, não entende, só porque ouviu alguém dizer. Que chamam todos de "irmão", "varão", "servo do senhor", e que querem profetizar coisas banais 24h por dia, quando não sabem nem o que significa profetizar. Cansado de vendilhões do templo, que pregam um cristianismo capitalista, que vai de encontro com tudo o que O Cristo realmente pregava. Cansado de pastores místicos, que querem transformar as igrejas em terreiros de ubanda. Cansado de gente que interpreta a bíblia do jeito que quer, ao seu bel prazer. Enojado com gente que segue pastor como se ele fosse o próprio Deus, não lêem a bíblia e nem se informam de nada, pois estão cegos, acreditando em tudo que ele diz, e ainda querem criticar os católicos. Cansado desses apóstolos de araque, que só faltam serem anjos encarnados. Cansado desse monte de cristão idólatra, que criticam os santos, mas idolatram pastores, profetas, apóstolos, bispos, arcebispos, arcanjos. Adoram também óleos, instrumentos, artes, e uma outra infinidade de coisas. Cansado desses super-crentes que nunca pecam e que fazem do motivo maior da sua vida apontar o erro dos outros, e viver repetindo "fulano está em pecado".

              E, acima de tudo, cansado de um evangelho que só sabe nos punir, e que inferniza nossa vida nos dizendo que nunca vamos conseguir. Essa pressão é que me fez desistir. Será que vocês não cansam de chorar e se martirizar após todo pecado? Philip Yancey fala: "Certa vez li que, proporcionalmente, a superfície da terra é mais lisa do que uma bola de bilhar. As alturas do Monte Evereste e as profundezas do Oceano Pacífico são muito impressionantes para aqueles que vivem neste planeta. Mas vistas de Andrômeda, ou mesmo de Marte, essas diferenças não fazem a menor diferença. É assim que agora vejo as mesquinhas diferenças comportamentais entre um grupo cristão e outro. Comparadas com um Deus santo e perfeito, o mais elevado Evereste de regras não passa de um montículo de terra. Você não pode obter a aceitação de Deus escalando; tem de recebê-la como um presente" .
E é assim que vejo o pecado. Diante de um Deus tão infinito, o que é nosso pecado comparado? Ao contrário, deveríamos nos preocupar com amor, compaixão, caridade, humildade. Acredito num evangelho de amor, e acima de tudo, de graça. Pois se a graça e a misericórda infinita do nosso criador já nos perdoou, o que nos faz pensar que um homem pode se opor? Philip Yancey também diz: "Rejeitei a igreja durante algum tempo porque encontrei bem pouca graça ali. Voltei porque não descobri graça em nenhum outro lugar".
Espero também que em breve esteja voltando.









Nota do autor: Esse foi o meu texto mais pessoal. Não me importei muito com estrutura, só com o assunto. É a minha opinião, doa a quem doer, e é uma situação real. Me poupem também do papo crente para desviados, já sei de cor. =P

sábado, 15 de maio de 2010

A vida como ela é...

          Se Deus não existir, nada disso fará o mínimo sentido. Nada do que vivemos, aprendemos, lutamos, valerá a pena, se for somente isso aqui. Não há lógica nenhuma em se viver por viver. Muitos colocam sua razão de viver em deixar uma marca no mundo, algo para que seu nome seja perpetuado. Outros colocam sua razão de viver em, não sei, qualquer outra coisa. A meu ver, se realmente fosse só isso, eu gostaria de morrer agora mesmo e me privar de sofrer por mais alguns anos. Quando compreendemos a efemeridade da vida nós descobrimos o quão pequenos, fracos e incapazes nós somos. Não temos domínio algum sobre o nosso futuro, mesmo que o futuro de poucos minutos, e caminhamos para a certeza da morte em um caminho sem retorno. No meio desse caminho, fazemos e acreditamos em tantas coisas, que jájá se tornarão nada. A vida escapa pelos nossos dedos a cada segundo que vivemos. Um sábio uma vez disse que toda a vida não era nada, senão vaidade.

          Sabendo isto, vemos também que é uma necessidade humana vital a de colocar um propósito nisso tudo. Que propósito teríamos, senão preparar o nosso caminho para a vida eterna? Para a vida sem dor, sem angústia, sem rancor, sem miséria, sem fome. Para uma vida de felicidade plena e de glória. Meu corpo, minha mente, e minha alma anseiam quase que desesperadamente viver nos braços de Deus, e me despojar de toda essa bagagem de tristeza que cada um de nós carregamos ao longo da vida, e a cada momento a enchemos mais. A vida sem Deus é, indubitavelmente, sem sentido.

          Devemos nos focar completamente em trabalhar na nossa santificação, trabalhar na obra de Deus, e nos agarrarmos fortemente à esperança de um dia sermos, finalmente, honrados. É nessa certeza de um futuro próspero que sigo firme na caminhada, mesmo que muitas vezes olhando para trás e pensando em recuar. Não é fácil viver, e 2 vezes mais difícil seguir a Cristo. Prosseguir para o alvo é uma tarefa árdua e dolorosa. Mas entre a dor efêmera e a glória eterna, que escolha tenho eu?


   "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno."

sábado, 3 de abril de 2010

Meu Querido Diário III

Olá diário! Então...Hoje nosso dia começou bem cedo. Acordei de 6 horas com o victor me enxendo o saco mandando acordar. Disse a ele que não precisaríamos acordar tão cedo porque a Dona Glauce disse que nos levaria até a rodoviária. ötimo, dormi mais um pouquinho, de 7 e pouquinho. Levantei, fui tomar meu banho. Quando termino de me aprontar, o que eu vejo? O victor de 7 e 40 da manhã estudando gente! Não se preocupem, eu filmei a cena e vou colocar no youtube para vocês verem. É impressionante! Parece que esse cursinho realmente tá dando jeito nesse rapaz. Enfim, terminada a filmagem, percebo que a isabelle ainda não tava la na sala. Vou no quarto dela, e a danada tinha voltado a dormir, vê se pode? A acordei e ela foi as pressas se arrumar. Depois de todos prontos, chegou a Dona Glauce insistindo pra gente comer alguma coisa. Eles comeram algo lá e a gente finalmente saiu. Chegamos na rodoviária da barra funda até cedo, mas é bom ser precavido nessa questão de horário por aqui, porque além de ser tudo longe demais, nunca se sabe como está o transito. Descemos na rodoviária e fomos procurar de onde o onibus saia e onde comprar a passagem. Foi bem fácil, perguntamos numa barraquinha de informações, e descemos umas escadas e logo encontramos duas moças com a camisa do hopi hari. Compramos a passagem (Que é 25 reais por pessoa, facada já começa aqui) e entramos no ônibus. Kkkkk Nossa, no primeiro banco da parte esquerda do ônibus tá 2 mulheres lá com um viado chato, daqueles espalhafatosos que gosta de aparecer. Muuito chato ficar escutando as conversas sem noção dele, e ele começava a dançar. Também, não é pra menos, eles tomaram 1,5l de vinho só na ida pro parque, e era daqueles vinhos que nem pra cozinhar presta!

Enfim, viagem muito tranquila até lá, clima muito bom, estrada tranquila também. Só tivemos que parar num canto lá para, adivinhem, o viado comprar o ingresso dele. Enfim, depois disso seguimos para o parque. A viagem dura mais ou menos 55min até lá. Por sorte, o viado e a sua trupe iam ficar no Wet'n Wild, que é um parque aquático que tem do lado do Hopi Hari! Chegamos no Hopi Hari e o motorista nos disse que das 6 as 7 o onibus estaria no estacionamento. E lá fomos nós para a entrada!! Como sempre, encontramos com muitos viados indo também, e eu já tô ficando puto porque só tem viado nessa cidade!! Mas enfim... A fila, como de se esperar, gigante para entrar, mas em termos de proporção não estavam tão grandes assim as filas. Ficamos lá esperando, e o céu se abriu todo, e começou a ficar quente. Lá vamos nós tirar os casacos...  Depois de tanta espera, quando a gente chega na roleta a mulher diz que a gente devia ter trocado o negocinho que a gente tinha pelo bilhetezinho. Lá vai o victor lá trocar e eu e a bebel ficamos esperando! Por sorte não precisamos enfrentar a fila de novo, e o victor chegou com uma ótima surpresa que a gente tinha ganhado 4 passes fura-fila pra cada porque a gente tinha comprado no Pão-de-Acúcar o ingresso. Tecnicamente essa promoção era só pra quem tem o cartão "Mais" dele...mas eu falo disso jájá. Entramos no parque e logo você sente o clima de parque de lá. Tudo muito bem feito, cada parte do parque tem seu tema e tudo é muito fiel. Decidimos ir logo trocar os comprovantes para pegar os passes fura-fila. Depois de 035813511 de horas na fila para pegar o passe fura-fila, conseguimos. Então, voltando ao negócio do cartão "Mais", no negocio tinha dizendo que era só pra clientes com o cartão, mas na hora lá não pediram nada e a gente também ficou calado! Demos sorte porque economizamos 30 reais cada, porque é extremamente necessário esse passe para acessar os brinquedos mais concorridos. E lá fomos nós, de cara, para a montanha russa, a Montezun. Gente, sinceramente, eu estava mais empolgada com essa montanha russa. É a 5a maior montanha-russa de madeira do mundo, e eu espera muito dela. Então, acho que isso acabou me desanimando um pouco. Ela é muito legal mesmo, sendo que não tem loopings e tal e acho que esperava algo mais alto. É porque eu também fiquei comparando com uma montanha-russa que nós fomos no Diverland, que é um parque de diversões que fica em Margarita, uma ilha do caribe que fica na Venezuela, e lá ela tem 2 loopings, uns parafusos e tal. Mas a Montezun é bastante rápida mesmo, e ela te dá umas puxadas muito doidas. E a parte que ela entra dentro da avenida é muito animal. Saindo da montanha-russa, decidimos que dava tempo de ir em mais alguma coisa antes de comer. Fomos no Simulákron, um negocio que nenhum de nós sabíamos o que era =P A gente faz um caminho mó doido lá, com umas paradas meio egípcias. Antes tem uma salinha que tem umas portas sinistras, aí passa um videozinho de regras e uma mulher engraçada falando no microfone que a gente vai simular a viagem ao centro da terra. Então, é um simulador que conta com uma tela gigantesca, um som ultra-mega-power, e as cadeiras que a gente senta vão se movimentando, como se a gente estivesse fazendo o que o vídeo faz. Bem legal a idéia, mas eu esperava mais. Mas é legalzinho ;D

Depois disso fomos comer no Hopi Hango, e aqui começou a nossa tortura. Eu e o Victor decidimos por um "Hopi kalabreza", que parecia enorme. O combo com batata e refri de 700ml era 20 reais! Mas parecia que mataria nossa fome. Gente, é um sanduichezinho do tamanho do Mcduplo, eu fiquei transtornado porque nem  calabresa tinha nele! Foi um dos almoços mais caros que a gente ja fez. Enfim, "almoçamos" e fomos em busca de mais alguma coisa pra brincar. Queríamos ir no Hadikale logo, que é a queda livre, mas ficamos com medo de vomitar e aí demos um tempinho mais, fomos em um que girava mas era devagar, que curiosamente seu nome era parangolé. Não sei porque isso, mas foram bem infelizes com a escolha do nome!
 Saímos do parangolé e fomos comprar nossa entrada do Hadikale. Gente, era 90 reais o salto. Sendo que como nosso salto era triplo(Os três juntos), ficou 30 reais por pessoa. Ficou aquele vô num vô, mas eu não perderia aquela oportunidade nunca! Compramos, e isso era 13:00 da tarde mais ou menos. Ficou marcado da gente ir para a fila de 14:20. Fomos então para o outro lado do parque, na área chamada Wild West. Geente, fiquei bem impressionado com a fidelidade ao tema. parece mesmo que você está num faroeste desses. O Saloon é igualzinho ao dos filmes, tudo lá é bem fiel. Fomos no crazy wagon, uma espécie de kamikaze sendo que nós ficamos de lado! Muito legal, nós filmamos lá dentro, e vou colocar no youtube isso quando eu chegar em JP. Saímos do Crazy Wagon, fomos num hotel fantasma bem chatinho lá, tiramos fotos no wild west e aí estava perto de 14:00, decidimos ir logo pra o Hadikale esperar por lá sentados. Fomos pra fila e acabamos ficando na frente de pessoas que iam saltar antes da gente ;D Ficamos esperando lá um tempão, já mortos de cansados, sentamos no chão sujo mesmo. Depois de muito tempo chegou a nossa vez de por o colete, colocamos os coletes e ficamos esperando do outro lado. Quando faltavam 2 pulos para o nosso, começa a chover. No começo, parecia uma chuvinha fraca, e de repente o céu se fecha e começa o maior toró. Nisso, eles interrompem os pulos, e os outros brinquedos também param. E a chuva continua, e meia hora de chuva, e eu já estava desestimulado achando que nosso pulo e talvez até o resto do dia iam por água abaixo. E eu realmente orei gente por céu abrir, e de repente ele foi abrindo, foi abrindo, a chuva foi amansando e ficou bem finiinha e os pulos e os brinquedos voltaram a funcionar!! Foi chegando a nossa vez, a tensão se aproximando. Até que FINALMENTE, depois de 1h e 15 de espera, a mulher nos chama. Nós subimos numa plataforma lá, quem tinha pulado desceu e tal...E o coração foi apertando. De repente, ele nos prendeu a corda e ela nos puxou, aí nós ficamos deitados, paralelos ao chão. Até aí tudo bem. Mas quando nós começamos a subir bem devagarzinho, nossa, dá medo demais! Eu olhava o chão se distanciando, e parecia que não ia parar mais de subir, e as coisas começam a ficar pequenas. E na minha cabeça começou a bater um desespero, e eu pensava: Que merda de idéia foi essa minha de vir parar aqui, eu quero descer! E de repente a gente parou, e tava alto demais, e o desespero aumentou. E a Isabelle diz: Não to achando o negocio pra puxar, e eu fiquei pensando "ai meu Deus, a gente vai ficar um tempão aqui nesse desespero". Quando então....PAH. AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. Nós vivemos os 3 segundos mais confusos da nossa vida! A gente não sabe se ri, se chora, se grita. Na verdade você não sabe se a sensação é boa ou é ruim. Você só sente a velocidade, e vê o chão chegando, o desespero e a adrenalina! E vaaaaaaah, numa velocidade gigante a gente vai atééé o outro lado, e fica no movimento pendular. Gente, é sensacional, uma queda livre de 53 metros de altura, com uma velocidade que pode chegar até 120km/h. É incrível, e é uma experiência que eu vou lembrar, com certeza para sempre!!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Meu Querido Diário II

Querido diário...Hoje o dia começou cedoo!! Detalhe para mim dormindo aqui na sala, de repente acordei de um susto enorme com uma música alta. Sem querer, me virei e bati no home theater e ele ligou. Nossa, que susto. Enfim, de 8 e meia acordei e liguei pra victor pra saber dele. Pegou um trânsito grande na Marginal Tietê e atrasou. Enfim, 9 e 40 mais ou menos acordei com a voz dele aqui. Depois de uma hora de histórias pendentes, e muita enrolação para ir se arrumar, nos aprontamos e fomos lá pegar o ônibus para o hospital. Ônibus pego, lá vamos nós...Descemos perto da estação brigadeiro, e fomos andando até o shopping paulista. De lá, o Victor sabe tudo quis tomar um caminho diferente. Enfim, acabamos indo pra unidade central da Beneficência Portuguesa, apesar de eu e a isabelle ter falado incessavelmente que era uma unidade da beneficência. Demos uma volta enorme mas chegamos até o hospital. Falamos com o tio emanoel e tal, e a tia luciana disse que ia almoçar com a gente. Que bom, pois acabamos indo pra churrascaria Novilho de Prata, e lá é caro! kkkkkk Mas ali tem um churrasco de verdade viu gente?? Depois de ficarmos empachados de tanta carne, decidimos ir logo pro hospital porque teríamos que sair cedo para o Cirque du Soleil. Depois de explicações de como chegar no Parque Villa-Lobos, lá fomos eu, o victor, a bela e a tia luciana pegar táxi para lá. Depois de muuuuuuuuito tempo de viagem até lá, conseguimos chegar. Quero deixar registrado aqui o quanto eu fico cada vez mais abismado com o tamanho disso daqui. Gente, é o mundo todinho numa cidade só. Não tem condições, João Pessoa é menos de um bairro daqui.

Enfim, depois do taxista errar a entrada, acabou sendo melhor, apesar da caminhada até o lugar do parque que estava o circo, conhecemos o parque todo que é muito bonito gente! Logo na entrada você pode alugar bicicleta, das mais variadas possíveis, também skates e patins. Muita gente lá só deitada lendo um bom livro ou brincando com o cachorro, um ar nova yorkino. Chegamos na entrada e logo fomos tirar foto nas BMW expostas. Pegamos os ingressos e esperamos lá uma hora lá fora. Depois, a Carol chegou e logo logo abriu a entrada pra ante-sala do show, onde tinham um monte de produtos à venda que só quem esbanja dinheiro compra uma camisa que tem "Cirque du Soleil" por 80,00, ou uma máscada de carnaval por 1400. Enfim, tiramos fotos com os chapéus mesmo. Ao menos o recipiente da pipoca era personalizado e fiquei com o meu pra lembrança ;D Quando entramos, gente, que coisa ótima, o cara disse que não tinham sido ocupados todos os lugares e que a gente ia poder ficar mais na frente, no setor que só quem tinha comprado o tapis rouge(190,00 mais caro) fica. Ficamos na 4a fileira! Gente, era muuuuito perto do palco!! Perfeito perfeito perfeito. Quando o espetáculo começou, toda a fantasia virava realidade nas atuações de cada um. Misturando Circo, Teatro e Dança, a trupe faz sua performance com perfeição, com números espetaculares e gente realmente sem ossos! O palhaço dava um brilho a mais ao show, que com uma mímica sublime, conseguia falar bem melhor que com palavras. Com números modernos, piadas rápidas e muita interação com o público. Todos os seus números(que intercalavam alguma performance de circo), contavam com a participação do público. Gente, nós chorávamos de rir. Eu não tenho nem palavras para descrever tudo aquilo que nós vivemos ali. É simplesmente fenomenal, e aconselho à todos irem, independente de preço. Vale mais que a pena! Quando acabou, deu um aperto no coração tão grande.

Saindo de lá, pegamos o táxi e viemos para o apartamento, mortos de cansado. Entramos na internet e vimos que as unidades do "Pão de Acúcar" vendem os ingressos para o Hopi-Hari. E gente, tem um aqui do lado! Corremos pra lá comprar, e aqui estamos com o ingresso na mão. Então, me despeço de vocês, que amanhã tenho um dia muuuuuuuito longo e com certeza com muita coisa pra contar. Cedinho acordaremos para ir atéé a rodoviária tietê para pegarmos o ônibus para o hopi hari, que fica um pouco antes de Campinas. Beijão pra todos, muita saudade!!

Meu Querido Diário I

Entãão… Decidi que vou registrar aqui no meu blog toda essa grande aventura de viajar pra São Paulo. Então, querido diário, assim começa minha história:
Tudo começa de 19:00 de terça, quando estávamos saindo de João Pessoa. Filipe, Adson, Cibelly e Aline foram me deixar em Recife, e lá nos encontramos com Neto Caboclo e Glauria. Chegando em Recife meio apressados, demoramos bastante tempo pra descobrir com chegar na praia de Glauria e pra deicidir aonde ir. Na praia, Neto se encontrou com a gente na única moto que eu já vi precisar empurrar pra pegar!! Decidimos ir pro laçador, e lá fui eu com Neto, sem capacete. Neto é muito doido kkkkk e deixava Filipe pra trás toda hora. Tenho quase certeza que ele pensava que o carro de Martinho Jr. tinha um “modo moto”. Depois de uns puliça quase botar atrás da gente, desci da moto e entrei no carro rapidamente, onde filipe teve que fazer as mais altas proezas pra seguir Neto. Por sorte o carro de Martinho já estava acostumado com isso e quase que fazia automaticamente tudo. Chegamos no laçador, Glauria e Cibelly como sempre ficaram indecisas e atrasando a gente, até Adson tomar uma decisão de homem e dizer que a gente vai comer no laçador mesmo. Comemos….E comemos!! Nesse jantar descobri que Pr. Silas perdeu o debate pra um viado, e segundo Neto ele agora é gay, e neto faz parte da igreja dele lá em Recife. Descobri também que Recife é a cidade que mais mata mulher, e por isso em 5 anos ela vai ser a maior cidade do Brasil. Saímos do laçador às pressas para o aeroporto, onde chegava a hora de eu finalmente vir pra o mundo urbano =P No aeroporto, tudo certinho, fiz o check-in e como de praxe na hora de embarcar esqueci o travesseiro. Cibelly e Glauria correram para me entregar =P O avião chegou na hora certa e tudo ocorreu bem. Peguei o melhor lugar do avião, na porta de emergência onde a cadeira reclina e ainda tenho espaço para as minhas pernas. Perfeito! Encostei meu travesseiro e dormi o vôo todo, dando uma breve pausa para tomar uma coquinha ;D

Quando começamos a sobrevoar a cidade, não vou mentir, parecia um menino do interior chegando na capital. É imenso! E quando eu digo imenso, eu digo no sentido de extremamente muito grande! É luz pra todos os lados do horizonte, parece que o mundo todo é ali. 20 min de sobrevôo, finalmente pouso em Guarulhos!! Desembarcando logo encontrei o Dr. Cylleneo e a Dona Glauce que carinhosamente me esperavam, as 3 e meia da manhã ;D Entramos no seu Audi A4 (perdão ae) e fomos simbora pra São Paulo. Nesse trajeto já começo a ter uma noção da imensidão da cidade, indo ali pela Marginal Tietê (Que estava vazia graças a Deus pelo horário). Vi o Canindé e é uma bosta, sou mais o Amigão em campina grande. E, de repente, O CT DO SPFC!! A emoção começou, e curiosamente o CT do SPFC é do lado do CT do Palmeiras =P Enfim, chegamos ao prédio deles, que fica na Vila Romana, aqui na Lapa. Bem aconchegante mesmo. Fui logo dormir. Engraçado estar num quarto sem ar-condicionado e mesmo assim sentir um friozinho gostoso. O clima aqui tá SUPIMPA! Fui logo dormir, eram 5 da manhã…
10:30 eu acordo e vou logo acordar a Isabelle pra ver se a gente fazia alguma coisa. Descemos e fomos ver aqui o prédio, que tem um jardim muito legal, e uma área de lazer bacanas. Tirei umas fotos em cima de uma árvore, depois vai estar no orkut…Subimos, e a Dona Glauce nos chamou pra ir buscar o neto dela na escola. Lá fomos nós, dessa vez no Accord(perdão aê). Tudo certo, chegamos lá na escola cedo demais e tivemos que esperar uns 15 min lá na frente. Estacionamos num lugar proibido, mas não se preocupem, a gente ligou o pisca e tudo ficou ok. Espera vai, espera vem, finalmente o Rafael chega e me confunde com o Victor =P Nada demais. O problema é que, na hora da partida, o carro não liga…E agora? O Rafael até sugeriu empurrar, mas quero ver como é que ele vai “pegar no tranco” com um carro automático. Logo a Dona Glauce liga pra alguém que não sei quem é, uma espécie de Filipe aqui de São Paulo que veio e fez uma chupeta. Voltamos pro prédio. Almoçamos, e aí fomos logo se aprontar para sair. Decidimos ir para o Shopping Paulista porque fica perto da Benificência Portuguesa que é onde o Tio Emanoel está internado. Fomos até o ponto de ônibus mas disseram que para ir pra Av. Paulista de ônibus ia demorar umas 2 horas por causa de umas manifestações. Dona Glauce então foi nos deixar na estação do metrô que fica na Vila Madalena. Sim, gente, eu estava ansioso pra andar em um metrô!! Chegando lá, eu e a isa nos vimos só na imensidão de São Paulo, mas sem medo fomos lá e entramos no metrô. Aqui eu quero registrar o quão fantástico é esse transporte público. Além de muito limpo mesmo(aqui em São Paulo, nos outros lugares acho que é sujo), é muito fácil ir de uma ponta a outra da cidade em apenas alguns minutos. Você espera no máximo uns 5 minutos para o metrô chegar, e aí pronto. Tudo é MUITO sinalizado, e realmente não tem como se perder não.
Descemos na estação Brigadeiro, e subindo escadas lá estava a Av. Paulista. Se você aí acha a Epitácio grande, multiplique por 5 e você terá uma noção da Av. Paulista. Não foi difícil achar o Shopping Paulista, perguntamos ao dono da banca de revistas e logo entramos no shopping. De cara tinha a loja da apple, a qual da vontade de comprar tudo lá se eu fosse um cara ricaço! Rodamos o Shopping, nada de muito extraordinário nele…. Chegamos na Saraiva e ela é realmente MUITO grande. Tem tudo que é livro lá, jogos, dvds, tem tudo! Passei um tempão lá rodando e olhando todos os livros e deu vontade de comprar vários. De repente a Tia Luciana aparece lá ;D Depois de mais umas voltinhas na Saraiva, decidimos ir lanchar e fomos comer no The Fifties, lugar que Rebecca tanto indicou. Muito show de bola o ambiente e o cardápio, apesar de eles cobrarem órgãos humanos em troca dos produtos. Agora aconteceu algo engraçado, pedi um milk-shake de chocolate branco que custava um rim, e chegou pra mim um milk-shake da cor preta. Perguntei o sabor e o garçom, veementemente respondeu: É chocolate branco. Eu pensei: Tá certo então, se você tá dizendo, vai ver o chocolate branco aqui em São Paulo é preto mesmo =P Comecei a tomar, e pasmem: Também tinha gosto de chocolate preto! Pensei: Ah, sei lá, vai ver aqui em são paulo não tem diferença! kkkkkkk mas quando eu estava já acabando o primeiro copo, indagamos novamente o garçom e ele foi verificar, e viu que realmente estava errado o pedido. Ele trocou sem nenhum problema, sendo que eu decidi trocar por um de morango. Deliciosíssimo. O nosso “lanche”, que foi um sorvete delicioso que a tia luciana pediu, um beirute+milk shake de 350ml para a bela, e um milk shake de 700ml pra mim deu 72 reais! Isso mesmo gente, 72 reais, um jantar em casal lá no tererê =P Mas quem se importa, dinheiro é pra gastar e dar troco. Quando estamos indo embora, de repente olho pra esquerda e vejo uma cena LINDA: Uma loja do São Paulo! Meu coração parou, meus olhos enxeram de lágrimas. Ela tinha tudo do São Paulo, eu queria comprar até as cuecas por elas terem o brasão do time! hahahaha. Me controlei bastante pra não levar nada, e decidi que depois voltaria só pra comprar a camisa nova. E um chaveiro =P Fomos até o hospital, o Tio Emanoel tá bem mas ainda tá se recuperando. Ficamos vendo a “Veja São Paulo” a procura de shows e peças por aqui. Acho que vamos assistir Cats. Depois, deu a hora de ir embora. Decidimos que voltaríamos de metrô novamente! A tia luciana nos deu os bilhetes, e pé-na-estrada. Lá vamos eu e a isabelle novamente nos aventurando por São Paulo. Volta tranquila, metrô vazio. Descemos novamente na Vila Madalena, e aí aconteceu uma nova aventura.
Como a Tia Luciana nos instruiu a não pegar taxi que tá passando na rua, e lá não tinha nenhuma praça de taxi por perto, e também não lembrávamos o ônibus que a dona glauce tinha ensinado. Voltamos a pé! É meio longe, não sei dar um exemplo ai em joão pessoa, mas depois vou verificar a quilometragem do que andamos. Metade do trajeto é tranquilo, com as ruas bem movimentadas e iluminadas. De repente chegamos numa parte esquisita e começou a dar medo. Depois, a gente chegou num canto que tinha uns caras de rua dormindo na calçada, aí atravessamos e continuamos o caminho. Não vou dizer que não deu medo, porque realmente deu. Mas estávamos confiantes que Deus estava nos guardando todo aquele caminho, e realmente guardou. Tiramos somente uma pequena dúvida com um balconista de lanchonete, e chegamos com facilidade ao prédio. Chegamos tranquilos e calmos, e eu fui assistir o sufoco do SPFC na libertadores!
Essa foi a primeira parte dessa viagem! Sem muitos passeios até então porque o Victor só chega amanhã de manhãzinha e o tio emanoel só sai do hospital amanhã também. Então, amanhã realmente começa o passeio, e logo amanhã de tarde já tem o espatáculo Quidam do Cirque du Soleil!!! Então, vou me despedindo que amanhã o dia é cheio! De noite, escrevo novamente o que aconteceu!! Valeu!

terça-feira, 23 de março de 2010

"De uns tempos pra cá..."


Constantemente prometemos à Deus o nosso amor eterno, o nosso compromisso. Entregamos nas suas mãos o rumo de nossas vidas, os nossos sonhos, os nossos planos, nossa mais perfeita adoração. Mas será mesmo que podemos ser considerados adoradores em espírito e em verdade? Nos orgulhamos das obras bem feitas e dos nossos ministério lotados, cultos de casa cheia, espetáculos de dança e teatro, mostramos que temos uma igreja moderna, que tem um programa na tv, que atua na internet. Compramos uma iluminação espetacular e montamos uma banda com músicos de primeira linha. Ensaiamos para apresentar todo o nosso talento. Mas onde entra a adoração nisso?

A cada dia que passa nossas igrejas se enchem de pessoas, o evangelho é difundido por todos os meios de comunicação que existem, e isso só nos transforma em pessoas que não conhecem um pingo do que é a glória de Deus. Pessoas que na verdade nunca sequer tiveram um encontro real com Cristo ou reconhecem-no como seu único salvador e mediador entre os homens. E o mais horrendo é ver que os que menos conhecem à Deus ocupam os mais altos cargos eclesiásticos. Na verdade, a igreja tem se tornado um palco, um show de talentos, onde podemos exibir todos os nossos dons. Esquecemos o que é o significado de um culto. Vamos à igreja aos domingos num ato religioso, e lá assistimos o que ela tem a nos oferecer. Retemos o que nos é agradável e saímos alegres porque aquilo nos preencheu. Aonde está a parte em que devemos prestar culto ao Senhor?

Perdemos o respeito, à reverência, tratamos a Deus como se fosse alguém como a gente. Nos julgamos deuses, que tem a sua disposição algo que está ali pra nos dar tudo que nós queremos. Não sabemos nem o que é melhor para nós, quanto mais pedir por algo. Nossa presunção já alcançou os mais altos limites, e podemos tratar o evangelho da forma que queremos. Com toda a nossa inteligência e sabedoria, alteramos a bíblia para aquilo que nos parece certo. Nossos seminários estão lotados da alta sociedade do cristianismo, a massa pensante, que determina o que é e o que não é certo.

E junto de tudo isso, amordaçamos toda a ação do espírito santo que deveria estar bem aceso dentro de nós. Sua chama, já cansada, clama pela nossa atenção. O espírito do Deus vivo está dentro de nós, e nem mesmo isso é motivo para que nós tratemos o nosso corpo da forma correta. Templos do espírito santo que nada, somos templos de nós mesmos, corpos que apenas nos exaltam. Quem precisa de Deus, não é mesmo? Ah, mas nós precisamos. Quando nossas condições financeiras se apertam. Quando as coisas não dão certo. Quando perdemos o emprego e vamos lá pra frente se ajoelhar pro pastor nos abençoar. Nós precisamos de Deus quando nos é conveniente, e isso meu irmão não é o que Deus sonhou para o nosso relacionamento com Ele. Não entendemos o agir de Deus nas nossas vidas, mas desde quando nós somos fiéis com Ele para que possamos pedir ou reclamar de algo? Nós queremos a graça, mas a justiça não. A justiça é pesada demais. Mas eu sou líder de um ministério na igreja, eu canto no coral, eu opero milagres e expulso demônios. Deus vai me abençoar por causa disso, certo? Errado! Ele vai te jogar no deserto, te tirará tudo, nu ficarás, e será que assim você continua sendo o crente exemplar que você era?

Fariseus contemporâneos é o que somos, e somente quando aprendermos a entender realmente o significado de aceitar a Cristo e o significado da Cruz poderemos nos tornar cristãos convictos. Cristãos, livres de qualquer denominação, livres de qualquer religião. Poderemos nos encher da glória de Deus, partilharemos de tudo o que Ele tem de bom para nós, e aí sim, estaremos firmes e da rocha nunca mais sairemos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Cruzada

Se você é um cristão, ou ao menos já frenquentou poucos cultos ou missas, com certeza já ouviu a expressão “carregar sua cruz”. Frequentemente é usada essa metáfora em relação a cruz que cristo carregou, para mostrar que nós todos temos que enfrentar muitas coisas para chegar até a plenitude.

Não sei como nem qual é a sua cruz ultimamente, mas eu tenho certeza de que ela não é de papelão nem de isopôr. Sei que ela está pesando bastante, e que sempre que parece que finalmente estamos conseguindo carregá-la, algo nos faz tropeçar de novo. Sei também que você já pensou tantas e tantas vezes em desistir, e que pensou também que não era capaz. A cruz, a medida que caminhamos, vai ficando cada vez mais pesada, e nossa humanidade não suporta tanto peso nas costas, e com isso o sentimento de humilhação, de auto-desprezo e de angústia batem, e a gente pensa que não dá mais .

Mas sei também que sempre que isso acontece, vem alguém dividir o peso com você. Alguém que entende o peso daquilo, e que você precisa de ajuda pra chegar lá. Alguém que muitas vezes nós recusamos o auxílio e pensamos poder sozinhos, que rejeitamos e viramos as costas. Até que, mais na frente, nós caímos e humilhados clamamos por sua ajuda novamente. E mesmo que nós por muitas vezes só lembremos dele quando estamos no fundo do poço, ele nunca negou, e nunca negará, amparo.

 

 

“E ainda se vier noites traiçoeiras, se a cruz pesada for, Cristo estará contigo…”

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Mundo Ideal

Se você fosse de uma escola literária, de qual seria?
Uma vez meu professor de literatura perguntou isso. Então, hoje pensei nela e descobri que eu seria do Romantismo. Por que? Lembra algumas das características dessa escola…A principal talvez seria a idealização. Bem, eu vivo assim.

Vivo num mundo ideal – foi essa conclusão a que cheguei hoje. No meu mundo tudo é perfeito, e as pessoas também. Não, as pessoas não são perfeitas, mas elas são do jeito que eu quero, do jeito que eu gosto, com os defeitos que não me incomodam e sem os que me incomodam. No meu mundo, tudo acontece para me beneficiar, e eu sempre tenho sucesso. O problema é quando descobrimos que nosso mundo não é real… Nós acabamos descobrindo que as pessoas são cheias de coisas que não gostamos, e acredite, elas são passíveis de erros. Elas nos magoam e nos maltratam, mesmo nos amando tanto. E eu sempre fui disso mesmo, de acreditar veementemente que todos são e tem que ser do jeito que me é cômodo. Por vezes até inventei desculpas para mascarar os erros alheios, para não por fim na minha utopia. Mas essa utopia só nos faz ver que no mundo real, as coisas nos prejudicam e nem sempre somos vitoriosos.

O pior é descobrir que nós também estamos sujeitos a erros, e que nós magoamos também. E que no mundo real nem sempre há volta pra esses erros, mesmo que no mundo ideal, no nosso mundo, sempre recebessemos perdão imediato. No mundo real nem sempre temos a palavra certa pra doutor não reclamar, e na maioria das vezes não sabemos o que fazer, estamos realmente perdidos. No mundo real nossa palavra não é a única e não estamos certos, sempre. E mesmo quando estamos certos, nem sempre podemos manter nossa opinião. Frequentemente precisamos renunciar nossas vontades e nosso jeito de ser, pois lembre-se: Esse aqui não é o seu mundo, mas um mundo de mais um monte de gente.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Noésis

      A realidade nunca será a nossa escolha. Nunca estaremos prontos para aceitá-la, e por isso, preferimos sim idealizar tudo. Não interessa se é ilusão, pois é mais cômodo ter uma falsa-felicidade que nenhuma, não é mesmo? Por que encarar a verdade de frente, se somos fracos demais para enfrentar?

      Em meio a isso tudo, vemo-nos presos à essa utopia, e acabamos com todo o sentido de liberdade para que fomos criados. Temos medo de sair da caverna e enxergar a luz, e a cada instante que passamos dentro dela, mais acomodados ficamos com a situação. Quando se está no fundo do poço, a luz lá em cima parece distante demais para que se valha a pena tentar. Por que sair? A pílula azul sempre foi uma boa escolha…

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Salada Mista

Vazio, dúvida, questionamento, fé. Pensamentos sem nenhum nexo e conexão. Absurdos. Utopias. Insanidade. Quimeras. Desejo. Saudade. Vontade de ir além. Prisão. Falsa liberdade. Ilusão. Tristeza, angústia, dor. Feridas. Dúvida, dúvida, dúvida, dúvida. Paixão. Orgulho. Egoísmo. Luxúria. Inveja. Arrependimento, remorso, inocência. Maturidade, ingenuidade. Velocidade. Impaciência, nervosismo. Stress. Irresponsabilidade. Diversão, piadas, sorrisos, abraços, carinho. Pseudo-sorrisos. Máscaras. Fraqueza. Reclusão. Solidão. Medo. Escuro. Pavor.Inteligência, esperteza, perspicácia. Altruísmo. Futilidades. Coragem. Extroversão. Complexidade. Emaranhado. Abstrato. Diferença. Metáforas. Confusão, adolescência. Sexo. Sexo. Sexo. Mulher, dinheiro. Bem-estar. Música. Filosofia. Ideologias. Ídolos. Suposições. Materialismo. Doença. Espelhos. Correntes. Pecados. Loucura. Quebra-Cabeças!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O Leão Domado

Todos os dias vejo mais pessoas que definem erroneamente o sentido de ter temor a Deus, pensando quer ter temor é ter um medo excessivo de Deus. A bíblia nos mostra um Deus tão imponente, o Senhor dos Exércitos, todo poderoso, mas que na verdade não cansa de demonstrar o seu amor incondicional pelo seu povo, e sua figura de poder é facilmente trocada pela figura do amor e da misericórdia. Ele está, na realidade, buscando ardentemente ter uma relação de amor conosco, e já demonstrou também que é bastante doído aplicar a sua perfeita justiça em nós que somos um pequeno espelho dEle mesmo.

O que nós devemos ter para com Deus não é medo, e sim respeito! É uma lógica fácil entender que se nós colocarmos Deus numa posição de medo, automaticamente estaremos fazendo uma separação de Deus conosco, pois tudo que fizermos será pensando no castigo que Deus possa nos dar caso desobedeçamos. Isso não é, de forma alguma, o que Deus pensou para nossa relação com Ele. Deus quer que o sigamos por amor, e não por medo. Arrisco até dizer que Deus não quer servos, que são inteiramente submissos ao seu Senhor pelo medo, mas Deus nos quer como filhos que obedecem a um pedido do pai.

A submissão que Deus nos pede está no dicionário Aurélio, onde diz “obediência voluntária”. Nós obedecemos porque nós queremos, nós temos o livre arbítrio. Quando aprendemos que devemos obedecer às ordenanças de Deus simplesmente porque o amamos, estaremos em um nível espiritual intenso e em uma íntima relação com Deus. E não se engane, Deus faz o impossível para ter essa relação contigo. Lembre-se que Deus é amor; inteiramente amor.

*Yago Licarião.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu sei voar ;D

• Quando eu era pequeno eu queria ser advogado. Talvez por influências do meu tio, que sempre me influenciou muito mesmo. Eu queria pular de pára-quedas, queria ser jogador de futebol, queria ganhar na loteria, queria saber de tudo sem estudar. Aliás, lembro-me que uma das fantasias que mais alimentei foi se eu encontrasse um gênio de lâmpada, e aí eu pediria a ele para ter infinitos desejos. Falo sério, eu alimentei muito essa fantasia, então eu planejava os meus desejos e tudo mais. Mas o que eu queria mesmo era chegar no céu, e voar, voar muito. Tem muita gente que gosta do mar, mas eu sempre gostei mesmo é do céu! Até a beleza do mar, que é o azul, é cópia do céu, e esse sim é um sinônimo claro de liberdade. Mas que ingênuos nós somos, não é verdade? De fato, queremos muitas e muitas coisas. Por que não queremos o céu? É interessante nós termos um acesso tão claro para a liberdade, para o céu, e mesmo assim continuamos com outros sonhos pequenos. Eu aprendi que quando temos que sonhar, temos que sonhar alto, e olha que ironia: Existe mais alto que o céu? Então, se for pra sonhar, não sonhe na terra! Mas, infelizmente, no meio dessa caminhada toda eu esqueci um pouco o céu e comecei, debalde, a olhar para a terra. Minha cabeça ficou mais inclinada, eu olhava muito para o chão. Não via mais o azul, não via mais liberdade. Engraçado, pois eu me prendia e não via. Por sorte, algo me fez olhar novamente para o céu, e para minha surpresa não mudara nada; o céu ainda era tão belo quanto era quando o vi pela primeira vez, ou até talvez mais bonito. E isso me fez sonhar, e isso me fez voar, e isso me fez livre novamente. Fico pensando também como eu pude ter esquecido como era a sensação de voar. Nossa, é tão maravilhoso que nem quero pensar em ficar na terra novamente. Não vou, aliás. Queria também que mais gente viesse comigo, e vivo convidando-os a voar comigo. Sei que todos já sonharam com o céu, quando criança, todos já quiseram voar, então eu fico tentando lembrá-los como era quando eles sonhavam com o céu. Não sei, mas acho que a gente é mais maduro quando se é criança.