Sinto
saudade das tardes de domingo. De sentar no terraço e sentir cheiro da chuva, ouvir
o cantar dos passarinhos, vislumbrar as vivas cores do jardim. Aqueles que
pareciam conter todos os prazeres da vida. Dos longos almoços, as tantas
piadas. As brigas, os risos, o velho pudim. Os planos, os sonhos e até mesmo as
conversas que eu não podia ouvir. Mas esses dias se perderam no caminho, e
levaram nosso tempo, nosso sono, nosso vigor. E nesses dias tão corridos, nessas
segundas e terças e quartas e quintas e sextas e sábados, que mais procuramos,
além de uma velha tarde de domingo?
Apenas uma fresta, estreitinha, pode te levar ao infinito. E apenas de retalhos pode ser feito um coração.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Um grito mudo
Ainda me impressiono com os muros que os cristãos são capazes de construir. Na verdade, acho até engraçado quando escuto frases que incentivam uma competição, uma rivalidade entre igrejas. Não se enganem, tem pastores por aí que querem 'tomar' a membresia de outros. Que monopolizam seus membros, que querem impedi-los de fazer a obra sem levantar uma bandeira que não seja a de Cristo. Não falo aqui que sou contra a igreja local, ou o comprometimento com a mesma, longe disso. Incentivo e sou comprometido. Porém, isso não me deixa satisfeito. Sou completamente voltado a ideia de uma congruência, de união. Vejo eventos aí afora e me instigo a ajudar, a participar. E me pergunto: Por que eles tem que fazer tudo sozinhos? Quantas ideias terão de ser sacrificadas para que os pastores enxerguem que só quem perde é o Reino?
Me entristeço em admitir, mas enquanto nossas visões ministeriais não sofrerem uma mudança radical, a igreja continuará empacada. Olhe para trás e responda: Aonde foi que vocês chegaram nesses últimos 5 anos? Será mesmo que tivemos avanços tão significativos na nossa cidade, nosso estado, no nosso país? Ou será que estamos apenas enxendo bancos de igrejas, onde pessoas sentam buscando seu alimentozinho, procuram alguma saída para problema, escutam palestras motivacionais ou discursos de prosperidade e vitória, algumas profetadas aqui e ali para manter o hábito, e SÓ? Uma realidade dura, sim, porém tão fácil de ser enxergada por quem quiser.
Essa visão medíocre afunda a cada dia mais nosso propósito maior. A igreja deveria ser um hospital, não? Deveria ser uma família unida buscando suportar uns aos outros. Mas, se há rivalidade com o próximo, como sustentaremos essa ideia? Sei que não sou o exemplo perfeito, reconheço minhas falhas e defeitos. Mas isso não anula todos os defeitos que alego. Pessoas morrem de fome de um lado do muro. Do outro lado, temos luxo desnecessário. Até quando? Até quando...
Me entristeço em admitir, mas enquanto nossas visões ministeriais não sofrerem uma mudança radical, a igreja continuará empacada. Olhe para trás e responda: Aonde foi que vocês chegaram nesses últimos 5 anos? Será mesmo que tivemos avanços tão significativos na nossa cidade, nosso estado, no nosso país? Ou será que estamos apenas enxendo bancos de igrejas, onde pessoas sentam buscando seu alimentozinho, procuram alguma saída para problema, escutam palestras motivacionais ou discursos de prosperidade e vitória, algumas profetadas aqui e ali para manter o hábito, e SÓ? Uma realidade dura, sim, porém tão fácil de ser enxergada por quem quiser.
Essa visão medíocre afunda a cada dia mais nosso propósito maior. A igreja deveria ser um hospital, não? Deveria ser uma família unida buscando suportar uns aos outros. Mas, se há rivalidade com o próximo, como sustentaremos essa ideia? Sei que não sou o exemplo perfeito, reconheço minhas falhas e defeitos. Mas isso não anula todos os defeitos que alego. Pessoas morrem de fome de um lado do muro. Do outro lado, temos luxo desnecessário. Até quando? Até quando...
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