domingo, 7 de dezembro de 2008

O Show da Vida

Você realmente estava certa ao dizer que sua vida era uma peça. No final, percebemos que todos nós somos feitos de vários atos. Vidas cronometradas, sincronizadas. Acho que fiquei assim, com Síndrome de Truman, agora. Esse filme me fez pensar bastante…
É impressionante a complexidade do assunto abordado. Um homem que vive num reality show da sua vida, sem saber. À priori, pensamos: “Que absurdo, isso não é ético, prender um homem dessa forma”. Não diga isso, pois aposto que você também está vivendo uma grande encenação.
Para mim, a cena mais importante do filme é a que o diretor é questionado sobre como fazer um reality show 24 horas, e forjar a vida de uma pessoa, sem que ela descubra. A resposta dele, simples e fácil, foi que nós nos acostumamos a viver com a realidade ao nosso redor.
Pare e pense um pouquinho… O que você tem feito da sua vida? Será que ela não tem sido mesmo, assim? Será que não estamos um pouco Truman, gostando de estarmos presos na nossa própria cela? Por que não tomamos logo a pílula azul?
A resposta é a mesma: Nós nos acomodamos. Há muito nos acostumamos a ver tragédias, problemas, caos. Hoje? Hoje é normal. Coloca um furacão devastando tudo no noticiário para nossas crianças poderem se divertir um pouco com as notícias do dia. Tudo é tão rotineiro. Tudo é tão encenado.
Levando para um outro lado, vemos também a encenação de cada personagem da ilha. Não se enganem, a ilha de Seahaven não existe mas todos os dias esbarramos como atores e atrizes diferentes, encenando na nossa vida. Talvez você mesmo, e até eu mesmo, tenhamos um papel, um script, nesse grande show da vida. A decisão de seguir o roteiro, ou criar seu roteiro, é sua. Mas é mais fácil ler e encenar, não é mesmo?
Há muito estamos presos na nossa própria caverna, e não vemos o outro lado porque não queremos ver. How’s it going to end?


”Caso eu não os veja novamente, tenham uma boa tarde e uma boa noite!”

3 comentários:

  1. Esse talvez seja o maior problema da humanidade: “seguir roteiros”.
    Apenas os corajosos criam os seus próprios roteiros e os covardes... Continuam “seguindo”.
    Há vários papeis a serem interpretados nessa vida, mas são poucos os que descobrem o seu próprio papel. Talvez decorar seja mais fácil do que aprender.
    Beijo no coração.
    Tia Marly.

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  2. Yago, esse ficou perfeito!
    além de avaliar uma situação real dos seres humanos, você o fez relacionando com filmes que nos fazem pensar ou as vezes nos fazem dizer: "esse filme é bom".

    Acredito também que deixamos tanto de lado nossas vidas, e a vivemos mecanicamente sem expectativas de mudança. Incrível, é assim somo atores de nossas vidas, o nosso palco é o mundo, tudo já está decorado, não fazemos questão de mudar as falas ou experimentar coisas novas, somente acomodados, estagnados na nossa cela egoísta!

    Beijo!

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